9.5.17

Marcelo desafia portugueses a dedicarem-se ao voluntariado

in RR

"Temos de aumentar o número de voluntários no nosso país. Isso é um apelo que é um apelo cívico. É uma questão de responsabilidade social", disse o Presidente de visita ao Porto.
Presidente serviu refeições na Casa da Rua, no Porto. Foto: Estela Silva/Lusa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, apelou esta segunda-feira ao aumento do voluntariado no país, afirmando que é prioritário que sejam cada vez mais jovens.

Marcelo Rebelo de Sousa, que presidia, no Porto, à sessão de homenagem ao voluntariado da Liga dos Amigos do Hospital de Santo António, lamentou que as últimas estatísticas sobre a área apontem para que "pouco mais de 20% dos portugueses realizou trabalho voluntário", considerando, contudo, que o número é melhor do que há uns tempos embora ainda insuficiente.

"É muito pouco. Mas apesar de tudo é muito mais do que já foi. Recordo-me de tempos quando não havia um incentivo das pessoas e das famílias, das empresas e dos escritórios, em que a média era cinco, seis, sete por cento. Mas temos de convir que 20% é muito baixo ainda", disse o Presidente da República.

"Temos de aumentar o número de voluntários no nosso país. Isso é um apelo que é um apelo cívico. É uma questão de responsabilidade social", frisou.

O chefe de Estado apontou como "prioridade na comunidade" a formação de voluntários, enfatizando a questão da faixa etária: "É uma prioridade renovar etariamente os voluntários. Temos de ter voluntários mais jovens no voluntariado nomeadamente no campo hospitalar. No quadro hospitalar é preciso fazer um esforço de maior apelo à juventude".

Antes, o Presidente da República elogiou o trabalho dos voluntários e voluntárias de uma organização que hoje comemora 40 anos e junta mais de duas centenas de pessoas, apontando que a missão de um voluntário "é de uma abnegação total".

"[O voluntário] tem de manter uma fé, uma esperança, uma capacidade de dar futuro", disse no primeiro momento de um programa no Porto que inclui uma visita à "Casa da Rua da Santa Casa da Misericórdia do Porto e o acompanhamento de equipas de rua dos Médicos do Mundo e SAOM - Serviços de Assistência Organizações de Maria.

Marcelo Rebelo de Sousa - com um discurso que arrancou palmas e gargalhadas numa cerimónia na qual antes discursaram o presidente da Liga dos Amigos do Hospital de Santo António, Manuel Campos, e o presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Porto, Paulo Barbosa - disse que "outra das características desta terra é a qualidade, a excelência das gentes", destacando sempre os voluntários.

"Não estou a minimizar o papel dos médicos, da enfermagem, pessoal auxiliar, muito menos dos administrativos, mas sem vocês não seria possível. Sem vocês poder-se-ia falar de uma instituição com alma?", interrogou, terminando com a explicação de que a sua presença nestas acções serve para "agradecer".

"A minha presença - não podendo significar ter mais disponibilidade para estar convosco nos próximos três anos, dez meses e um dia - é para sublinhar e agradecer o vosso exemplo", terminou.